sábado, 5 de dezembro de 2009

NÃO ESTACIONE. LEIA!

Em sábados embaçados, sem sol, resta-nos boa leitura. A tela fria e brilhante do computador nos impacienta, a cadeira fica cheia de formigas... Mas eis os livros em todos os cantos, esparramados, alguns momentaneamente esquecidos.
Melhor mesmo é traduzir esta tarde de sábado
com os versos (Balada) de José Paulo Paes:
Só me restam os livros.
Vou ficar com eles
esperando que chegue do fundo da noite,
das sombras do tempo,
oh! imenso mar,
vem me libertar
da tarde cinzenta!

Foto: walter ney

sábado, 21 de novembro de 2009

IV MOSTRA RECIFE DE FOTOGRAFIA

O meu vídeo Memórias e Encantos, selecionado para IV Mostra Recife de Fotografia, foi apresentado no último dia 18 no Mercado da Madalena. A Mostra faz parte da III Semana de Fotografia de Recife - 15 a 21 de novembro.2009.
A foto que aparece aí no telão é do Jeferson, artista de rua de Cambé-Pr.
Foto: Beto Figueiroa

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PEDAÇOS DE VIDAS




Em nossos caminhos vamos deixando pedaços de nós mesmos...
A foto aí de cima que a Layssa (com 15 anos já tem um olhar especial) fez do nosso passeio pelos trilhos de Cornélio, me inspirou esta postagem com fotos que faço em minhas
habituais andanças pelas linhas de trem.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

QUE DOMINGO CHATO! - CÉLIA MUSILLI

Muito legal esta sintonia de afetos e sensibilidades via web. Leiam a belíssima crônica que a Célia Musilli escreveu inspirada nesta minha foto aí de cima:
QUE DOMINGO CHATO!

E começa aquele dia tedioso, com cara de missa das 10, quando chego a desejar que um ET apareça no meu quintal

Célia Musilli

Domingo passado reclamei de tédio no Twitter. É, como se não bastasse o Messenger, Orkut e Facebook, agora também aderi ao Twitter, o que só comprova o meu tédio via internet.
Está certo que cultivo alguns hábitos aos domingos dos quais não abro mão: feira em frente ao Cemitério São Pedro para ver de manhã, na banca de feijão, todas as variedades que minha mãe me ensinou a identificar: jalo, rosinha, carioca, bico-de-ouro, grãos reluzentes como a minha infância.
Pausa para comprar jornal, um pequeno atraso para adquirir flores mais em conta e verduras para a semana, não muitas, que é pra voltar à feira no próximo domingo quando, de manhã, Londrina parece uma cidade fantasma, com algumas avenidas quase vazias.
Também gosto de ir para a cozinha e, neste dia, faço macarronada para honrar o DNA, aí vem a leitura do jornal e uma ajeitada em tudo para que a casa não fique parecendo o Iraque no dia invasão.
Mas depois dos pequenos prazeres e de matar a fome quase insaciável das crianças, começa aquele domingo tedioso, com cara de missa das 10, quando chego a desejar que um ET desça no meu quintal, para ver se o dia ganha uma surpresa, um contorno inusitado, um acontecimento extra que me livre das outras ”atrações.”

Pudera, na TV o pior dia da semana é domingo. Só quem já pendurou as chuteiras, desistiu da vida ou decidiu pagar todos os seus pecados, pode querer ver a cara do Faustão na Rede Globo. Se mudar de canal, dentro do circuito normal, também não se encontra coisa melhor: Silvio Santos e seu sorriso congelado há 30 anos no SBT; na Band, uma programação de esporte sem fim - não estou nem aí pro Campeonato Brasileiro - e na Rede Record, vocês entendem, não dá para saber quem é pior: o bispo ou o Gugu? Páreo duro.

Como resolvi economizar eliminando a TV a cabo - ao mesmo tempo em que protesto pela repetição de filmes nos canais fechados – me dou por contente quando a TV Cultura entra sem querer lá em casa ou quando durmo ouvindo o apresentador do National Geographic falando dos hábitos “da foca-monge do Havaí.” Se os psiquiatras conhecessem o poder sonífero dos canais científicos, nunca mais receitariam remédios para dormir ou ansiolíticos para os (im) pacientes. Basta meia hora de programação sobre “as focas-monge do Havaí.”

Quando nada me agrada na televisão, vou à locadora descolar uns filmes. Mas como tenho um gosto diferente, não adianta procurar “Caos Calmo”, de Antonio Luigi Grimaldi. O jeito é me contentar com “Ele Não Está Tão a Fim de Você” e alguma coisa que sossegue as crianças por umas duas horas.

Então, restam os jornais, os livros, uma caminhada e a internet, onde estreei no Twitter com a seguinte mensagem: “Eita, domingo chato! Um ET bem que podia baixar aqui em casa.”

Na segunda-feira, recebi do fotógrafo Walter Ney uma resposta: “O meu também estava chato, mas saí para fotografar.” E me enviou uma bela imagem, entre outras da sua galeria. A foto é de uma festa domingueira, festa de bairro, mãe e filho no colo. No cenário, balões vermelhos para lembrar que a vida pode ser simples e ter um colorido extra.
Olhei a imagem e pensei que eu bem podia fotografar para escapar do Gugu aos domingos. Mas não tenho técnica, nem talento. Então, respondi ao Walter Ney: “Puxa, assim até a segunda-feira fica boa.” E senti vontade de passar um domingo numa festa de bairro, onde não há Twitter nem os ETs que às vezes aparecem aqui em casa, mas só na telinha, o que não tem muita graça.

http://www.sensivelldesafio.zip.net/
Crônica publicada no jornal Folha de Londrina - 01.11.2009

sábado, 17 de outubro de 2009

AFRICADEUS - NANÁ VASCONCELOS

A fera já esteve em Londrina. Não perdi um só momento do show. No outro dia ampliei uma série das fotos que fiz e fui até o Hotel Bourbon. Levei também os 3 raríssimos cd`s da série CODONA para ele autografar. Para minha surpresa, disse-me que nem ele tinha os discos... (Criado em 1978, Codona era formado por Naná Vasconcelos, Don Cherry e Collin Walcott. O nome nasceu das iniciais dos nomes dos 3 instrumentistas).
Curtiu as imagens e foi generosíssimo. Sangue bom!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ZONA DE FRONTEIRA

Transeuntes de zonas fronteiriças, por vezes enfrentamos turbulências, aridez... Em outras, sentimos brisas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

VISÃO

Este jovem é deficiente visual com perda parcial da visão.
Torcia para o Brasil com o coração colado na tv.
Série: "Somos Todos Diferentes"
ILITC – Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

JESUS DISFARÇADO

A esposa do Francisco perguntou qual era a minha religião. Falei que não seguia nenhuma. Ela, um pouco constrangida, olhou bem nos olhos do marido e disse que talvez eu fosse "Jesus Disfarçado" que estava ali, fazendo o bem...
Este comovente fato aconteceu comigo na última segunda-feira, ocasião em que eu fui até a casa do Francisco para presentear-lhe esta foto aí de cima.
Chico é pedreiro e mora no Jardim Franciscato, bairro pobre de Londrina.
Esta foto foi feita na manhã de um domingo. A Praça Tomi Nakagawa estava vazia, apenas o Chico com o seu filhinho passava por ali... Fiz a foto deles e em um breve bate-papo disse-me que estava esperando a esposa e a filha sairem do Pronto Atendimento Infantil (PAI), pois havia a suspeita de gripe suína.
Anotei o seu endereço e depois de algum tempo apareci no Jardim Franciscato. Despretensiosamente quiz apenas devolver o afeto, exercitar a gratidão por tudo o que a fotografia me dá. E vejam só que história belíssima que resultou.
Ah, levei também uma caixa de bombom para as crianças.
* Esta foto faz parte da exposição "A Praça é Nossa", realizada no Sesc-Londrina.
Confira matéria da Folha de Londrina:

domingo, 4 de outubro de 2009

RETRATOS



Salvador - Johannesburg - Montevidéu

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

HOTEL SOLIDÃO




Os momentos alegres são fugazes. Tomam conta da gente mas vazam rapidinho. Já a tristeza fica ali rondando e, a qualquer baixa, dá o bote, se hospeda na nossa alma.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

HORAS SUSPENSAS - DEDICADO AO FOTÓGRAFO HARUO OHARA

Atravessei Londrina várias vezes. Com um olhar nu fui descobrindo-a sempre com a sensação de estar indo e voltando no tempo. E de repente, o relojão do Edifício América, que nos dá o norte, ficou por breves dias sem os ponteiros, desnorteando-nos, como uma misteriosa suspensão do tempo.
Este ano Londrina completa 75 anos. Mas qual o tempo necessário para uma cidade ter a sua alma reconhecível? Em poucos minutos a travessia da cidade é mágica, como um túnel do tempo que vai nos dando a noção do ontem e do hoje. Do patrimônio Maravilha ao Calçadão a viagem é deliciosa...
* Este trabalho faz parte de uma homenagem que estou dedicando ao fotógrafo Haruo Ohara, que completaria 100 anos no dia 5 de novembro deste ano.
Falando em homenagem, o diretor de cinema Rodrigo Grota, através da Kinoarte (Instituto de Cinema e Vídeo de Londrina), está em fase final do filme "Haruo Ohara (Pausa para a Neblina)".

domingo, 20 de setembro de 2009

MÃE IZAURA



A Mãe Izaura foi a minha parteira. Tem 83 anos. Seu primeiro parto foi aos 15 anos, quando uma amiga começou a ter as dores e, na emergência, fez o parto improvisado ("pegou" o bebê, como eles falam). O curioso é que ela também estava grávida. E assim tornou-se parteira, "mãe" de quase todos da pequena vila rual de Ubiraitá, município de Andaraí - Chapada Diamantina. Hoje o Posto de Saúde local leva o seu nome. Tem guardado em uma velha sacola vermelha o material que usou por toda a vida: luvas, tesoura e o jaleco branco...

sábado, 19 de setembro de 2009

PENSÃO FAMILIAR


MULECADA - RIO




Ipanema - Morro Dois Irmãos

AUTO-RETRATO


Circo Voador - Rio

MULECADA




Cornélio Procópio - Paraná

JAZZ




Orlando - EUA

URBANAS





Boston - Sydney - Vancouver